O Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina abrange o litoral sudoeste de Portugal Continental, o sul do litoral alentejano e o barlavento algarvio em redor do Cabo de São Vicente.
O clima é mediterrânico e tem grande influência marítima.
Flora
A flora está representada em planaltos, dunas, serras e barrancos. Há um predomínio de vegetação mediterrânea, embora também haja norte-atlântica e africana. Entre as cerca 750 espécies, existem à volta de 100 endémicas, raras ou localizadas. 12 delas são exclusivas deste região a nível mundial.
As árvores mais dominantes desta região são, o sobreiro, o carvalho e o medronheiro. Também o pinheiro-bravo, as acácias e o eucalipto são muito avistados.
A flora marinha, nesta região, é bastante biodiversificada, devido aos fundos profundos, à junção de distintas massas de água e à natureza diversificada.
Se pretender, poderá consultar os géneros botânicos neste artigo do instituto de conservação da natureza e das florestas.
Fauna
Quanto à fauna, são as aves que sobressaem. Nesta região, são muitas as espécies que procriam, que invernam e até que a utilizam como plataforma de migração entre o norte de África e a Europa. A nidificação é muito comum nas arribas e falésias desta zona, com evidência para a cegonha-branca, o falcão-peregrino e a gralha-de-bico-vermelho. A nidificação das cegonhas em rochedos marítimos só acontece aqui.
A observação da chegada de milhares de aves migratórias, no início de outono, junto ao cabo de S. Vicente é um dos maiores encantos dos amantes de pássaros. A majestosidade com que cortam os céus é indescritível.
Para os apaixonados por fauna terrestre, podemos nomear a lontra, que procura normalmente abrigo nas arribas marítimas. São também habitantes, a raposa, ouriços-cacheiro, o texugo, o sacarrabo, conhecido por se alimentar ovos, e a fuinha, pertencente ao grupo das martas.
Entre os anfíbios, diversas espécies de sapos são comuns. Habitam nas zonas húmidas, lagoas e riachos.
As espécies de peixes, e outros animais que dependam do mar, que habitam nesta costa, são habituais no nordeste do Alântico. Os peixes teleósteos, como o sargo ou o robalo, são os preferidos dos amantes da pesca desportiva. Outros peixes são habitantes permanentes das águas, como a moreia, a dourado e o safio.
São características da Costa Vicentina as arribas e rochas repletas de crustáceos e moluscos. Também muito comuns o mexilhão, o percebe, o burgau e a lapa.
Esta variada flora e fauna deixam um imenso desejo de explorar e conhecer. Venha daí explorar a Costa Vicentina!
Fotografias de: Diogo Candeias Fotografia, Alentour e ICNF