Nasce a uma altitude de 470 metros em Almodôvar, na Serra do Caldeirão e desagua em Vila Nova de Milfontes, no vasto oceano Atlântico. Assim como o rio sado, este curso de água é dos poucos em Portugal e na Europa que corre de Sul para Norte.
Segundo os estudiosos a palavra «Mira» é originária dos povos Iberos que povoaram esta aquela região e significa «rio». Este possui 145 quilómetros e entre os seus principais afluentes destacam-se a ribeira de Torgal, Perna seca, Macheira, Guilherme e Telhares. É um rio envelhecido com fraco caudal.
O seu estuário é o maior da costa Alentejana com 32 quilómetros de comprimento e a largura máxima de 150 metros. Apesar do fraco caudal, foi construída em 1968 a Barragem de Santa Clara com o objetivo de aproveitar a água do rio.
É possível apreciar paisagens fenomenais ao longo do rio e seus afluentes. Um bom exemplo é o Pego das Pias na Ribeira de Torgal entre S. Luís e Odemira, nos Ameixiais. O nome deste local deriva das pias formadas nas rochas através da erosão provocada pela força do caudal.
Tem uma forte ligação com a história uma vez que povos da Idade do Ferro se fixaram nas suas margens onde também se podem observar ruínas e vestígios dos povos Muçulmanos que lá habitaram.
Este rio cheio de história deslumbra os que por lá passam. Aproxime-se da história desta região e conheça o melhor de Portugal e da Costa Vicentina!